Como motivar o filho a estudar?

Como motivar o filho a estudar? Uma dúvida de muitos pais, afinal, eles desejam o melhor aos seus filhos, não só no presente mas também no futuro. Por essa razão, preocupam-se com o seu desenvolvimento e a sua educação e costumam ficar inquietos quando percebem que eles não estão envolvidos nos estudos.

Essa situação é bastante comum, afinal as crianças e os adolescentes têm a tendência a focar mais no agora, engajando-se em outras atividades que geram prazer e diversão. A boa notícia é que é sim possível ajudá-los a construir esse interesse e, consequentemente, o hábito dos estudos.

Mas, afinal, como motivar o filho a estudar? Descubra, a seguir, como os pais podem ajudar a tornar esse momento mais atrativo e agradável, ou seja, sem tantos pesos e aborrecimentos. Siga a leitura!

Veja a importância de saber como motivar o filho a estudar

Você já deve ter ouvido falar que obrigar alguém a fazer o que não quer não é uma boa estratégia para ajudar a construir um hábito. Em geral, o resultado obtido é o contrário daquele que se deseja, gerando ainda mais resistência e afastamento. Isso acontece porque não foi produzida a motivação necessária para que a própria pessoa reconheça a importância e os benefícios da atividade proposta.

Quando falamos sobre estudar, isso se torna particularmente significativo. As crianças e adolescentes costumam encarar os estudos como mera obrigação, sem alcançar realmente o sentido dessa tarefa para a sua vida presente e futura.

Para mudar esse quadro, vale a pena mudar o foco. Em outras palavras, em vez de investir na imposição, invista na motivação. Motivá-los quer dizer despertar o interesse, conversando com suas realidades e tornando o momento dos estudos mais prazeroso, agradável e repleto de sentido.

Qual o papel dos pais nesse momento?

Para ajudá-los a construir, ou descobrir, a motivação nos estudos, família e escola devem unir forças e manter um diálogo contínuo. Isso significa que a responsabilidade pelo aprendizado das crianças e adolescentes não é apenas da instituição de ensino ou dos professores.

Sem a participação, o engajamento e o acompanhamento dos pais, essa missão se torna muito mais difícil. A construção de hábitos depende de constância, de suporte emocional, de rotina, de um ambiente propício e saudável, de incentivo, de atenção e de identificação de um problema e suas possíveis causas.

Para tanto, os pais são figuras essenciais, que não só colaboram na introdução e manutenção de valores como responsabilidade e compromisso, mas também em oferecer escuta e acolhimento de suas necessidades, reportando-as para que a escola propicie um ensino de qualidade e efetivo.

Como motivar o filho a estudar?

Agora que já sabemos a importância da motivação dos estudos e o papel dos pais para que isso se torne uma realidade, você deve estar se perguntando, mas como agir nesse sentido? Abaixo, confira 6 dicas de como ajudar seu filho a despertar o interesse nos estudos!

1. Defina metas realistas

O planejamento, isto é, a definição de objetivos e de metas, colabora bastante para a motivação, na medida em que a criança ou o adolescente consegue visualizar os seus desejos para o futuro, compreendendo que as ações de agora produzem impactos significativos no amanhã. Busque chamar a atenção para a construção de metas realistas, possíveis de serem alcançadas e que dependem de suas atitudes. De outro modo, é possível que o planejamento seja origem de frustrações.

2. Estabeleça uma rotina

Ajude o seu filho a instituir uma rotina de estudos que não o sobrecarregue e na qual ele também tenha espaços para os momentos de lazer, encontros sociais, atividades ao ar livre etc. Isso vai permitir que ele consiga sustentar essa rotina por mais tempo, mantendo-se motivado com ela. Somado a isso, é uma estratégia para que ele adquira uma autonomia cada vez maior, sabendo o que e quando deve ser feito (os pais podem acompanhar o cumprimento dessa rotina, ainda que evitando as cobranças excessivas).

3. Identifique o estilo de aprendizagem

Cada pessoa tem maneiras em que aprende melhor, isto é, de absorver de forma mais fácil, fluida e eficaz os conhecimentos. Não existe uma fórmula que funcione igualmente para todos. Por isso, é importante identificar o estilo de aprendizagem do seu filho, se ele entende mais por meio de recursos visuais, sonoros, textuais ou outros. A técnica de estudo pode produzir efeitos positivos no que diz respeito ao desempenho escolar, melhorando, inclusive, sua autoestima e sua autoconfiança.

4. Ofereça suporte emocional

O suporte emocional da família é fundamental para o aprendizado dos filhos. Isso se deve ao fato de que, muitas vezes, a causa da falta de motivação e de interesse pelos estudos tem relação com problemas de ordem emocional, psicológica ou relacional. Assim sendo, identificar previamente essas questões, manter o diálogo constante, propiciar acolhimento e participar da rotina escolar da criança são maneiras muito eficientes de apoiar e contribuir com seus estudos.

5. Garanta um ambiente propício

Um ambiente inadequado, pouco arejado ou iluminado, sem os recursos e materiais necessários, repleto de ruídos ou de distrações dificulta o foco e a concentração, prejudicando o aprendizado. O ideal é que seu filho tenha um espaço exclusivo para os estudos, de modo a ajudá-lo a criar uma espécie de “ritual” para esse momento (o que significa criar o hábito). Nesse espaço deve estar concentrado e organizado tudo aquilo que ele possa precisar, mas é interessante permitir que ele o decore de acordo com sua personalidade e seus gostos.

6. Celebre as pequenas conquistas

A motivação é um processo que deve ser reforçado cotidianamente. Para que seu filho se mantenha engajado nos estudos, ele precisa ter o reconhecimento de que seus esforços estão valendo a pena. Por essa razão, nunca deixe de celebrar as conquistas dele ao seu lado, por menores que elas pareçam. Incentive-o a continuar se empenhando, assim como sempre mostre que você acredita em seu potencial.

Atitudes simples fazem muita diferença quando estamos falando de aprendizado, principalmente quando elas demonstram que os pais também se interessam e acompanham a vida escolar. O momento de estudar não precisa ser enfadonho, chato e pesado, pois é sim possível torná-lo mais atrativo e prazeroso, causando efeitos diretos na motivação do seu filho e, por consequência, em seu desempenho.

A tecnologia é outra prática que pode ser incluída nesta lista de como motivar o filho a estudar, uma vez que tem o potencial de dialogar com a realidade dos alunos.

Fonte: escoladainteligencia.com.br

O que é o Princípio Alfabético?

princípio alfabético é o entendimento de que as palavras são compostas de letras e as letras representam sons. Além disso, é a capacidade de usar essas associações de letras e sons para ler ou escrever palavras. Depois que as crianças demonstrarem que podem isolar os sons iniciais das palavras, o próximo passo fundamental para a criança aprender a ler é a introdução do princípio alfabético.

O domínio dessa habilidade significa que ela é capaz de entender que as letras são usadas para representar os sons da fala. O princípio alfabético é a ideia de que letras e grupos de letras combinam sons individuais em palavras. A capacidade de aplicar essas relações previsíveis a palavras familiares e desconhecidas é muito importante para a leitura.

A correspondência letra-som, ou a relação das letras do alfabeto com os sons que elas produzem, é um componente-chave do princípio alfabético e do aprendizado da leitura. 

Para ensinar a correspondência de sons de letras, é importante trabalhar com alguns sons por vez, ensinando cada letra do alfabeto e seu som correspondente. Para cada relação letra-som, a instrução deve incluir nomear a letra ou letras que representam o som e deve associar uma sugestão de imagem de um objeto com o som alvo para ajudar os alunos a lembrar a relação entre a letra e o som.

Que tarefas os alunos devem ser capazes de demonstrar para indicar o domínio dessa habilidade?

  • Conhecimento do alfabeto
  • Ordem
  • Número de letras
  • Distinguir entre vogais e consoantes
  • Reconhecimento de letras
  • Letras maiúsculas e minúsculas
  • Letras em fontes diferentes
  • Escreva letras maiúsculas e minúsculas
  • Nome da letra / associação de som da letra

Apresentar apenas sons de letras que são os mais comuns

Você deve esperar até que a criança domine os sons das letras comuns antes de introduzir conceitos mais avançados. Primeiro, ajude seu aluno a desenvolver uma sólida proficiência de trabalho dos fundamentos antes de prosseguir para o aprendizado de nível superior. Então inicie pelas letras mais fáceis, como as vogais. Depois que ele dominar essas letras e seus sons, passe para as consoantes mais fáceis, como por exemplo o ‘M’. 

Ensine apenas com letras minúsculas para começar

95% do texto escrito é composto por símbolos de letras minúsculas e apenas 5% é composto por letras maiúsculas. Neste estágio do desenvolvimento da leitura, é apenas um bom senso apresentar exclusivamente letras minúsculas. Além disso, ajuda a evitar a confusão com várias formas para a mesma letra.

Dê o som da letra em vez do nome da letra

É vital trabalhar no que é mais relevante. Nesta situação particular, independentemente da existência de um modelo cultural de ensino do nome da letra, você terá muito mais sucesso ensinando o som da letra. 

Atividades divertidas com o Princípio Alfabético

Ensine às crianças as letras em seu nome

Começar com atividades de nomes faz muito sentido! Por um lado, a maioria das crianças já está familiarizada com a aparência de seu nome, o que lhe dá um bom ponto de partida. Também faz sentido começar com atividades de nomes no início do ano letivo, quando vocês estão se conhecendo!  Você pode começar apenas identificando e nomeando as letras. Uma vez que o domínio do nome da letra é aparente, você pode passar para os sons que cada letra faz. A boa notícia é que a maioria das letras dos nomes está intimamente relacionada a seus sons. Isso ajuda a tornar o princípio alfabético.

Construindo palavras

Usando letras recortadas, pode ser em folha de sulfite mesmo ou para usar mais vezes as letras em papelão. Faça uma palavra de três letras no chão ou em cima de uma mesa, você pode começar com a palavra ‘SOL’ por exemplo.  Peça para que a criança leia a palavra e a use em uma frase. Depois mude uma letra para formar uma nova palavra, como ‘SOLA’. Você pode começar adicionando apenas a letra final e depois mudando ela (SOL – SOLA – SOLO).  Em seguida, mude apenas a letra inicial (COLA – COLO). Finalmente, mude apenas a letra do meio (CELA).

Caça às palavras

Escolha uma letra e faça seu filho procurar cinco itens que começam com o som dessa letra. À medida que cada objeto é encontrado, ajude seu filho a escrever a palavra em uma lista.  Por exemplo, se o som-alvo for ‘M’, a criança pode encontrar e escrever MAMÃO, MAÇÃ, MÃE e MICRO-ONDAS.

É muito importante lembrar que quando os alunos entendem o princípio alfabético e são capazes de aplicar o que sabem sobre correspondência letra-som para traduzir letras impressas e combinações de letras nos sons que fazem, eles são capazes de ler com precisão um vasto número de palavras, incluindo palavras que nunca encontraram em texto.

Referências 

 National Center on Improving Literacy. What’s the best way to teach the Alphabetic Principle?. Disponível em <https://improvingliteracy.org/ask-an-expert/whats-best-way-teach-alphabetic-principle> Acesso em 22 set 2021. 

Matéria do Instituto NeuroSaber

Brinquedos servem só para brincar?

Os brinquedos são aliados fundamentais no processo do desenvolvimento infantil. Eles auxiliam no desenvolvimento cognitivo, motor, criativo e social da criança. 

Por meio dos brinquedos, as crianças também estimulam a imaginação e trabalham as vivências. Entre seus benefícios, os brinquedos são importantes na comunicação infantil.

Importância do brinquedo no desenvolvimento infantil

É por meio da brincadeira e dos brinquedos que a criança vai explorar e interagir com o mundo à sua volta. Para o desenvolvimento infantil, os brinquedos são tão necessários quanto qualquer outro estímulo.

O ato de brincar é a atividade mais importante na infância. Ele não é só importante por ser frequente, mas sim, por ser fundamental para o desenvolvimento. Segundo Albert Einstein “brincar é a forma mais elevada de pesquisa”. 

Os brinquedos auxiliam com questões como autonomia, empatia e outros sentimentos importantes. Dessa forma, no momento em que a brincadeira acontece, o brinquedo faz um papel de reprodução social e de fantasia.

Os brinquedos são atividades que proporcionam os desenvolvimentos psicológicos e culturais presentes na infância. Assim, eles podem ser vistos como objetos mediadores nos quais as crianças irão atribuir significados. Ou seja, brincar é a melhor maneira para a criança aprender. 

Aprendendo por meio dos brinquedos

O brinquedo, dentro do universo da criança, está ligado à sua imaginação. Além disso, faz parte do desenvolvimento infantil de forma significativa. Os brinquedos são responsáveis por ensinar de maneira lúdica e divertida. 

É pela brincadeira que as crianças aprendem aspectos importantes, mesmo sem perceber. O desenvolvimento infantil emocional e da personalidade também podem acontecer durante as brincadeiras. 

É importante que os adultos entendam quais são os brinquedos que mais chamam a atenção da criança. Independente de qual, o brinquedo estimula a representação e a expressão de imagens que recordam aspectos da realidade.

Ou seja, focar no meio para o pleno desenvolvimento infantil é indispensável.

Benefícios dos brinquedos no desenvolvimento infantil

Como vimos, são inúmeros os benefícios dos brinquedos para a criança. Entre eles encontramos:

  1. Melhora o desenvolvimento motor

Os brinquedos estão ligados às habilidades sensório-motoras da criança. Eles estimulam e podem até melhorar as habilidades motoras finas em crianças mais velhas.

  1. Habilidades de resolução de problemas

Um exemplo de brinquedo importante para desenvolver essa habilidade é o quebra-cabeça. Os desafios dele levam a pensar, com o objetivo de resolver um problema, estimulando essa habilidade. 

  1. Desenvolvimento social e emocional

Como já falamos anteriormente, por meio dos brinquedos as crianças desenvolvem empatia e compreendem as emoções. 

  1. Concentração

Durante a brincadeira, as crianças tendem a se concentrar por mais tempo. Focar no que estão fazendo, resultando em uma melhora de concentração. E essa é uma parte importante do desenvolvimento infantil.

  1. Estimula a criatividade e a imaginação

Os brinquedos promovem o pensamento criativo e a imaginação das crianças. Por meio da brincadeira, a criança desenvolve suas habilidades criativas criando cenários, formando diálogos e usando livremente sua imaginação. 

  1. Desenvolvem a coordenação olho-mão

Ao empilhar blocos e construir torres, por exemplo, a criança é obrigada a prestar atenção nas suas ações. Assim, precisam pensar em tomar muito cuidado, estimulando suas habilidades de coordenação olho-mão. 

Os brinquedos são aliados dos professores no desenvolvimento infantil

Por meio dos brinquedos e das atividades lúdicas o professor pode estimular a imaginação das crianças. Assim, trabalhar melhor o desenvolvimento infantil.

Elas aprendem principalmente mediante à imitação. Ou seja, é preciso que os professores fiquem atentos às brincadeiras e o que elas estão tentando representar. 

Porém, precisamos entender que até mesmo as crianças precisam de um tempo livre. Com isso, as informações serão melhor absorvidas e entendidas pelo cérebro.

Referência:

GONÇALVES, Carlos Augusto Pereira. O BRINQUEDO: AS PERSPECTIVAS DE WALTER BENJAMIN E VYGOTSKY PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA. XII ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO, p. 6-17, 2014.


CORDAZZO, Scheila Tatiana Duarte; VIEIRA, Mauro Luís. A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Estudos e pesquisas em psicologia, v. 7, n. 1, p. 92-104, 2007.

Letras invertidas: é comum as crianças escreverem assim? O que fazer?

Antes de continuar a leitura deste texto, vale uma dica importante para pais e mães de crianças que estão aprendendo a ler e a escrever: evite ao máximo dizer que seu filho ou sua filha “fez errado” quando escreveu, por exemplo, o número “3” ou a letra “Z” ao contrário. Letras invertidas fazem parte do processo de alfabetização.

Ainda na Educação Infantil, habilidades como atenção, memória, percepção do espaço e coordenação motora começam a ser desenvolvidas com o brincar. Enquanto brinca, a criança aprimora a linguagem e desenvolve a concentração, a atenção e a autonomia, que vão levá-la a perceber, entre outras coisas, que a escrita é da esquerda para a direita, no caso da Língua Portuguesa.

“Na Educação Infantil, os alunos ainda estão entendendo o sentido (lateralidade) da escrita e o grafismo (traçado) das letras. Vamos aprimorando, aos poucos, e estimulando o aprendizado de diversas formas. Quando chegam ao Pré II ou ao 1º ano do Ensino Fundamental, vamos sistematizando o processo de escrita e o aluno aprende naturalmente a forma correta. Então, é comum que, nesse caminho de desafios e descobertas, as crianças escrevam números e letras invertidas sem qualquer motivo de preocupação. Em casa, os pais podem reforçar o trabalho feito em sala de aula.

Como? Lembrando-se da afirmação que abriu este texto: é fundamental que a criança não associe as letras invertidas ao erro. Tal associação pode travar o processo e prejudicar o desempenho dos pequenos. Que tal parabenizar a evolução e as conquistas no lugar de apontar o “erro”? Os resultados serão muito mais positivos.

Veja algumas dicas sobre como ajudar seu filho a “desvirar” as letras invertidas, incentivando a autonomia dele:

  1. Pergunte se é assim mesmo que se escreve o Z, por exemplo, ou a letra espelhada que ele tenha escrito. Depois, sugira que vocês procurem juntos essa letra em um livro, uma revista ou um gibi.
  2. No banho, incentive a criança a brincar com o vapor e escreva a letra no box.
  3. Comece a fazer a metade da letra e deixe que a criança desenhe o restante sozinha.

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Fonte: Sistema Positivo de Ensino

Autonomia infantil: como desenvolver a independência das crianças?

Desenvolver a autonomia das crianças e dos adolescentes é fundamental para o futuro deles. No entanto, nem sempre as famílias conseguem perceber o potencial benéfico das pequenas atitudes do cotidiano.

A chegada de uma criança na vida da família é um momento repleto de novas experiências e, também, de dúvidas. Os adultos, em geral, passam por diferentes situações que os levam a questionar sobre a melhor maneira de educá-la. O processo de formação de uma criança autônoma, por exemplo, é um dos fatores que mais causa insegurança nos pais.

Um estudo feito pela Universidade de Montreal afirma que é muito importante incentivar a autonomia desde cedo, uma vez que essa habilidade colabora, inclusive, para o desempenho cognitivo dos pequenos. De que modo, então, os pais devem proceder? Como eles podem participar ativamente do processo?

Estimule as atividades apropriadas para a idade

Não faça aquilo que o seu filho é capaz de fazer sozinho! Motivos como falta de tempo e pouca informação sobre as capacidades específicas de cada faixa etária levam muitos pais a confundirem, na prática, afeto e ajuda com cuidado excessivo.

Ensinar a colocar o tênis sozinho, por exemplo, é uma tarefa que demanda paciência e esforço contínuo. Assim, é comum, na correria do dia a dia, optarmos por fazê-la pela criança para “ganharmos” tempo ou, ainda, por não saber que, de acordo com sua idade, ela pode ser encorajada a fazer algumas ações sozinha com desenvoltura e segurança.

Veja, abaixo, algumas atividades que eles já têm autonomia para fazer, de acordo com a idade.

Dos 2 aos 3 anos

Nessa faixa etária, a criança é capaz de comer sozinha, se acomodar na mesa, arrumar os brinquedos e até colocar sapatos (de preferência sem cadarço).

Dos 3 aos 4 anos

O seu filho pode, com sua colaboração, ir ao banheiro sozinho. É possível, também, solicitar que ele arrume a mochila para a escola e separe as roupas sujas das limpas (para isso, uma boa sugestão é inserir em sua mochila dois sacos de cores diferentes, um para as limpas e outro para as sujas, e em casa disponibilizar cestos com as mesmas cores dos sacos).

Dos 4 aos 5 anos

Com essa idade, a criança consegue efetuar a sua higiene pessoal e colocar roupas sozinha. Ela pode, ainda, fazer algumas refeições completas sem ajuda e, por exemplo, passar geleia no pão com um objeto sem lâmina.

A partir dos 5 anos

Aqui, ela está preparada para fazer sozinha algumas atividades domésticas um pouco mais complexas, como arrumar a cama, lavar louças leves e ajudar na elaboração de alguns alimentos.

Vale muito despertar a criança para os cuidados com os seus próprios objetos, com as plantas e animais da casa, assim como com o lixo (separar os recicláveis, por exemplo). Dessa forma, você vai, pouco a pouco, ensinando sobre responsabilidade pessoal, social, ambiental etc.

Seu filho está conhecendo o mundo e aprendendo sobre ele. Para continuar se desenvolvendo precisa se sentir seguro consigo mesmo. Por fim, cabe frisar que, ao contrário do que se possa pensar, incentivar e desenvolver a autonomia infantil não é deixar a criança fazer o que quiser e sempre que quiser. É, sim, oferecer atenção às suas necessidades, respostas e guiá-la para as melhores escolhas. Com honestidade, equilíbrio e tranquilidade, você vai educar uma pessoa emocionalmente forte, assertiva e segura de si.

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Fonte:escoladainteligencia

SER PAI…

Um dia nos tornamos pais. Queremos que nossos filhos sejam felizes e fazemos de tudo para que isso aconteça. Porém a infância e a adolescência não são repletas de arco-íris, bichinhos coloridos e passeios à beira mar. A cada dia é necessário fazer escolhas, é preciso aprender a lidar com pessoas de temperamentos diferentes, a superar desafios e decepções. Definitivamente, nossos filhos não têm como escapar da importante tarefa de se tornarem adultos. É preciso que deixemos que eles tenham vida própria, logo que eles tenham espaço para crescer. Desejamos ser pais felizes com filhos adultos maduros e de caráter íntegro.

Dr. Alessandro Moreira Alves Pediatra e Intensivista Pediátrico.

MEU FILHO (A) TEM 9 ANOS.

A criança de 9 anos quer ser independente e exige menos tempo e menos atenções da mãe porque está muito atarefada e centrada na sua própria pessoa. As relações são mais tranquilas, desde que a mãe trate a criança com o respeito devido à sua maturidade. A criança pode, às vezes, mostrar-se expansiva, afetuosa e desejosa de agradar.

Os meninos, normalmente reagem contra a exigência da mãe de que andem bem arrumados e limpos. Estão se tornando mais independentes nas coisas mais importantes; e as mães reagem, impondo a sua autoridade nas pequenas coisas.

Algumas crianças são absolutamente indiferentes às indicações, advertências e “pitos” da mãe. Fingem-se de surdas. Algumas crianças emburram, resmungam e criticam a mãe. Outras são atrevidas e respondonas.

A criança não gosta que os pais lhe recordem o que ela fazia quando era menor. Alguns meninos sentem-se envergonhados da nudez na frente das mães. As opiniões das crianças de sua idade podem ser muito mais importantes do que as dos pais.

Dr. Alessandro Moreira Alves Pediatra e Intensivista Pediátrico

COMO FICA A ROTINA DAS CRIANÇAS EM ISOLAMENTO SOCIAL?

A rotina tem um papel importante em nossa vida, principalmente neste momento de pandemia. Como criar um dia a dia saudável no isolamento social com as crianças?

Essa é pergunta que ocupa a cabeça da grande maioria dos pais desde o início da quarentena. O segredo do equilíbrio está na rotina que deve ser programada, mas também flexível o suficiente para dar espaço ao inesperado e alegrias espontâneas.

Isso porque a previsibilidade e a estrutura ajudam a reduzir a ansiedade da família, não só da criança, mas também dos pais. Além disso, uma rotina estruturada fornece uma sensação de segurança e ajuda a atravessar esse momento de incerteza.

Se você é pai e procura ajuda para criar e manter uma rotina saudável para a família nessa quarentena, este artigo é para você!

Por que rotina é importante?

A rotina é muito importante para as crianças em qualquer momento, mas principalmente em isolamento social, quando estão sem frequentar a escola e outras atividades as quais estavam habituadas.

Para você entender a importância da rotina, veja como ela nos ajuda de diferentes formas:

  • ser mais organizados;
  • o dia se torna mais funcional para os pais;
  • as crianças se sentem mais tranquilas e seguras, já que elas gostam de saber o que acontecerá a seguir, especialmente as que têm necessidades especiais;
  • ajuda as crianças a ter um senso de controle sobre suas vidas e a aprender a ser mais independentes. 

Como criar uma rotina no isolamento social com crianças?

Criar uma rotina e seguir um cronograma previsível no isolamento social ajuda as famílias a manter o foco e reduzir a ansiedade. A pergunta mais frequente dos pais é: como manter as crianças entretidas enquanto trabalham?

A melhor forma disso acontecer é planejando uma rotina diária que inclua: 

  • tempo ao ar livre, 
  • tempo de aprendizado, 
  • tempo criativo, 
  • tempo de brincar,
  • tarefas domésticas, 
  • refeições e higiene pessoal. 

É muito importante para as crianças ter uma rotina, pois elas precisam disso. Ao criar a sua programação diária lembre-se de incluir horário para refeições, para tomar banho, para fazer as atividades escolares e de lazer.

Como conciliar o Home Office e as tarefas escolares?

Se você estiver trabalhando em casa, a dica é reservar na sua agenda um tempo para as crianças e um horário de trabalho. Como estamos em isolamento e as escolas estão mandando as atividades para fazer em casa, é interessante, nesse momento, se houver a possibilidade, que os pais dividam os cuidados com os filhos.

Por exemplo, um fica responsável pela refeição e banho e o outro se responsabiliza pelas atividades da escola. Enquanto um estiver com o filho, o outro se dedica ao seu Home Office. Vale lembrar que você não é professor do seu filho, só precisa facilitar o aprendizado dele. 

Hora de Lazer

Planeje os momentos de lazer do seu filhos, quando você também estiver livre e terminado o trabalho. As crianças precisam do envolvimento com seus pais, por isso nesse momento de lazer é interessante que todos estejam juntos. 

Escolher as atividades nos momentos de lazer vai depender se vocês vivem em apartamento ou em uma casa com quintal. Para quem vive em casa, busque resgatar brincadeiras antigas como: batata quente, amarelinha, entre outras.

Se vivem em apartamento, procure fazer as atividades que acalmam, que podem ser feitas com a criança sentada, como desenhar, passa-anel, leitura, entre outras. Também vale a pena apostar na tecnologia — existem jogos e games educacionais que os pais podem jogar com os seus filhos, sem medo.

A importância do brincar

O brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da criança. Elas têm uma imaginação fantástica e isso precisa ser estimulado. As crianças são capazes de transformar uma caixa de leite em um castelo e uma caixa de ovos em uma cidade.

É muito importante estimular a imaginação das crianças e ao brincar elas fantasiam, usam a imaginação. Dessa forma, têm muito mais chance de se tornarem adultos criativos, capazes de solucionar problemas e tomar decisão. Todas essas habilidades dependem da criatividade, que é desenvolvida no brincar. Por isso é fundamental incluir na rotina das crianças, tempo para brincar livremente.

Autocuidado dos pais

Por último, mas não menos importante, planeje um tempo para você. É fundamental que os pais possam se cuidar, para poderem também cuidar dos filhos. Inclua um momento de autocuidado na sua rotina de quarentena. Fonte: Neuro Saber

Referências:

POR QUE FILHOS ENCANTADORES VIRAM ADOLESCENTES REBELDES?

Adolescentes com disfunções emocionais não surgem da noite para o dia. São o resultado de anos de autenticidade subjugada e falsas promessas. Eles vêm experimentando uma morte lenta e agora precisam lutar diariamente só para se sentirem simplesmente vivos. Nenhum adolescente quer ser “mau”. Eles apenas não conhecem outra maneira de ser. A criança que se torna um adolescente rebelde é devido a uma falta de autenticidade, uma falta de controle ou de conexão com os pais – ou uma associação dessas três coisas. Quando nossos filhos se comportam com rebeldia, há um motivo subjacente. Isso poderia ser porque são recompensados com atenção negativa da nossa parte ou não aprenderam a respeitar os desejos dos outros. Eles tiveram permissão para violar limites sem consequências. # Importante uma reflexão: Quando não temos consciência de nossos próprios sentimentos, culpamos nossos filhos por “nos fazerem” sentir de um determinado modo, o que provoca neles os sentimentos que carregamos dentro de nós. Na medida em que descarregamos neles a nossa ansiedade, eles carregarão nossas emoções não processadas dentro de si, logo também agirão num estado não centrado. O estado deles então nos encaminha para uma reação cada vez pior – e assim o ciclo de “stress emocional familiar” continua através, muitas vezes, de anos.

Conteúdo: Dr. Alessandro Moreira Alves Pediatra e Intensivista Pediátrico